segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Bem-aventurados os misericordiosos



As bem-aventuranças formam um crescendo contínuo, uma cadeia progressiva que descreve como são os filhos do Reino de Deus. Pobreza, choro, mansidão, fome... Reconhecer nossa pobreza evita que a vaidade nos cegue, endureça o coração, impeça-nos de reconhecer os erros e sujeitar-nos ao Criador. Corações endurecidos e rebeldes não concedem misericórdia, nem alcançam a misericórdia de Deus. A graça é para os mansos; a lei é para os rebeldes.
O misericordioso perdoa injúrias e ofensas e ainda socorre o ofensor; busca transformar ofensores em amigos e irmãos.
Misericórdia também é a capacidade de colocar-se na pele de quem está sofrendo. É procurar entender a dor do próximo para poder auxiliá-lo de verdade. Jesus é sempre o melhor exemplo: sendo Deus, tornou-se homem e experimentou na pele todas as nossas dores para então tomar sobre si o castigo que nos estava reservado e trazer-nos paz com Deus.
Nele vemos a misericórdia e a graça lado a lado. Enquanto sua graça nos alcança como pecadores, sua misericórdia nos alcança como sofredores. O misericordioso é alguém atraído pela dor alheia, desejoso de lhe trazer cura.
A indiferença e a falta de perdão matam a alma por dentro. Elas envolvem a alma numa nuvem negra de mágoas, ressentimentos e depressão. São as causas de muitas e graves enfermidades que não raro, levam a morte. É como o veneno que alguém ingere, esperando que, com isso, os outros morram. A alma presa ao ressentimento não consegue ser feliz.
A felicidade vem para os que, livres do egoísmo, abrem-se para o perdão e o amor. Dedicam-se a minimizar a dor dos outros. Aquilo que o homem semear, isso ele colherá. Quem age com misericórdia encontrará também a misericórdia em farta medida, tanto de Deus quanto dos homens. A vida será graciosa para eles. Deus mesmo se encarregará disso!

Retirado: Luz e Vida